Páginas

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Sacre Coeur e Montmartre (18ème)


...e pode admirar de boca aberta, rs...


Este foi um lindo domingo de sol que rendeu bastante. Montmartre é o mais polêmico dos bairros de Paris, então vou me extender um pouco mais.



Da Rambuteau pegamos a linha 11 até Belleville e a linha 2 até Anvers. Assim que você pisa na rua olha para a direita e vê a escadaria da Sacre Coeur. No caminho você vê muitas lojinhas e uns camaradas com aqueles truques de "escravos de caxangá". Uma comparsa gritava teatralmente: eu vou apostar 50 euros. Os curiosos ao redor eram predominantemente daquela nação que gosta de dar dinheiro para estelionatários. Nem preciso dizer para você passar batido porque os mãos leves fazem festa com os curiosos.




Há opção de subir as escadas ou pegar um bondinho ao lado que não sobe todo o projeto (funiculaire). Vá de escada, é mole, mesmo para quem é sedentário e não gosta de atividades físicas, como eu. A vista vale a pena.






No meio de uma escada lateral havia uma moça, aparentemente uma romena cigana que estava claramente de posto no lugar, sacando os turistas. Alguns minutos após uma adolescente "surda-muda" veio me apresentar um abaixo-assinado pedindo apoio a um suposto projeto de lei em favor das pessoas com deficiência auditiva, em trâmite na Assembleia Nacional. Eu já havia recusado conversar com uma delas em Notre Dame, e não tinha notícia de que poderia se tratar de um golpe. Juntou o lindo dia, o local e o meu bom-humor na ocasião e resolvi dar atenção á mocinha. Gentilmente, ela pediu por meio de gestos que eu lesse o texto. Era uma fotocópia com alguma verossimilhança, com símbolos oficiais e um projeto de texto de lei. Decidi assinar, e uma segunda adolescente veio em seguida e começou a alisar o meu braço, e eu pedi que ela cessasse com este movimento. Enquanto lia eu vi cinco assinaturas de cidadãos estadunidenses. A menina encobria parte do abaixo-assinado, na lateral direita. Assim que completei os meus dados elas me cobraram cinco euros, e pude ver que todos os turistas haviam dado quinze ou vinte euros. Recusei, elas simularam indignação e eu lhes disse que eu não sabia desta cobrança antes de assinar.







Fique claro o seguinte: apoio de cidadão estrangeiro é irrelevante para projetos de lei de outros países. Se você não é nacional de lá, não é eleitor, o seu apoio não tem valor legal e político. Além do mais, a contribuição é para quê: pagar os deputados? Fiquei com pena delas, já empurradas ou seduzidas para a criminalidade, mas é importante não colaborar com estes esquemas.













Não vi os vendedores de fitinhas e nem policiais. Chegávamos a ìgreja de Sacre Coeur e a vista de Paris já era empolgante.

Rambuteau





Nossa estação...

Andando pela madrugada.








Fiquei impressionado com a noite segura e tranquila, ao final de contas, em que passamos pela Gare de Lyon, Ópera Garnier, Gare Saint Lazare, Eiffel e de volta a Roosevelt para pegar a linha 1 do metrô em direção a Châtelet. Eu precisaria de uma câmera mais sofisticada e um tripé, pelo menos, para que estas fotos ficassem boas, mas vou publicá-las assim mesmo. A torre Eiffel até que deu um (d)efeitinho legal.






Esta foi a noite em que tivemos oportunidade de correr risco. Eu queria ver a Ponte Alexandre III (8ème) à noite, mas saímos muito tarde do ap. devido à um telefonema de casa em que estiquei muito a conversa. Fomos para a Gare de Lyon (12ème) pegar um ônibus que tangenciaria o Sena até onde eu pretendia chegar. Na estação dois funcionários me informaram equivocadamente o local correto do ponto de ônibus. Depois de procurar por uns quinze minutos encontramos o dito cujo mas ele sairia apenas dali à quarenta e cinco minutos (já eram 23h e 45 min). Optei por pegar outro que sairia logo em seguida, mas em direção à Ópera (9ème). De lá pretendia ir a pé até o Sena. O motorista perguntou, muito gentilmente, o que pretendíamos fazer, expliquei-lhe que queríamos ver a Torre Eiffel e a tal ponte do melhor ângulo. Fomos parar lá na Gare Saint Lazare e depois pegamos outro ônibus, mas ficamos cada vez mais distantes de casa. Descemos no 15ème e eu errei a ponte. Pedi ajuda à uma francesa que me indicou o caminho correto. Esta hora já eram quase uma da manhã e eu só queria saber de pegar um metrô logo de volta para casa, pois as linhas se encerrram às 01h e 20min. Na estação Roosevelt o metrô estava entupido de jovens de todas as etnias. Embora fôssemos um dos poucos "adultos" do vagão ninguém nos provocou ou encarou. Senti um certo medo, ainda assim. Mas descemos em Châtelet, subimos a Beaubourg a pé e chegamos em casa à 01h e 40min. Ainda havia famílias com crianças na rua pelo Marais. E a ponte, que é bonita à noite, mas não chega a ser maravilhosa, você a verá com detalhes mais á frente.


Bastilha (4ème)
















Trocadéro (16ème) e Eiffel (7ème) (2)




























Châtelet e redondezas (1er) (3)


Não fui.






Estes "outdoors" rolantes são interessantes.




Notificação interdição temporária de serviços.



Venda parcelada em dez vezes sem juros, se não traduzi erroneamente.

















A maquininha que credencia para as bicicletas.


As tarifas das bicicletas.