Páginas

terça-feira, 25 de julho de 2017

Com que, então, fomos parar na África?




Desde que voltamos de Berlim eu comecei a acompanhar os preços dos voos para o ano seguinte. Antes de janeiro é mera curiosidade, não há perspectiva de promoções. Janeiro veio e passou, no entanto, e os voos mais em conta estavam nas faixa dos três mil. Veio fevereiro e nós ficamos de guarda, acreditando que desde o início de fevereiro pelo menos uma companhia aérea iria fazer ofertas tentadoras. E eis que fevereiro se concluiu e não apenas as companhias áreas não ofereceram preços tentadores como começaram a se aproximar dos quatro mil reais por voo para a Europa em julho, com exceção da Swiss Air. Março seria decisivo e cada dia que passava os preços iam subindo, agora já se aproximando da casa dos cinco mil.

No final de março a ficha caiu e constatamos que nada de Europa para julho deste ano.

E aí nos resignamos ao fato de que teríamos que procurar outro destino.

Mas qual?

a)Buenos Aires? Não rende mais de duas semanas e é muito frio.
b) Santiago? Idem.
c) Bogotá? Idem e péssimo horário de voo pela Avianca, por volta das oito horas da manhã , teríamos que viajar de madrugada a partir de Juiz de Fora.
d) Montevidéu? Também não imagino dezessete dias por lá.
e) Panamá? Passagens caras e muita chuva.
f) Cidade do México? Muito perigosa e com muitas atrações distantes.

Comecei a passear pelas companhias aéreas com voos a partir do Galeão, e lá estava a angolana TAAG com opções para Joanesburgo e Cidade do Cabo. Mas, pera aí, passagens a 1800 reais? Ô, louco.

Resolvi pesquisar sobre as duas cidades, meio sem levar a sério, e eis que vi todo mundo, todo mundo falando: Cidade do Cabo é linda, é barata, a natureza é maravilhosa, gastronomia farta, vinhos, povo simpático, inglês amplamente falado, "eu a deveria ter conhecido há mais tempo"

Depois pesquisei sobre como é voar com a TAAG, e não vi muitos comentários negativos, eram até mais elogiosos do que o esperado.

Marcamos a data limite para tomarmos uma decisão definitiva para o início de abril, e aí as passagens para a Europa em julho já chegavam a sete mil.

Pronto, estava decidido, iríamos pela primeira vez para a África, um continente que nunca esteve seriamente nos meus planos.

Convido-os aqui a conhecer detalhadamente a nossa viagem de dezoito dias (6 a 24 de julho) para a capital parlamentar da África do Sul.